Mais um ano se passou! Já são 13 no total! E aqui estou compartilhando minhas impressões sobre nossos últimos 12 meses, quiçá os últimos 13 anos, na verdade!
Para o artigo de 12 anos, pesquisei o que significa o número 12 e, durante minha pesquisa, deparei-me com um fato interessante – “Uma dúzia de padeiro” representa o número 13 e não o 12. Pensei em escrever sobre o número 13 e seu significado, mas é um tema mais controvertido (azar ou sorte – apesar de não acreditar em sorte, e sim em trabalho duro). Decidi então mudar um pouco!
Na semana passada, minha sócia Tatiana cobrou o artigo dizendo que precisava ser ainda mais inspirador que os últimos… (ainda bem que não estamos comemorando 60 anos! rs)
Essa cobrança me trouxe lembranças e uma reflexão, que compartilho agora com vocês.
Nos primeiros anos do escritório, meu querido sócio Alamy me apresentou o mundo encantador do ciclismo. Sempre gostei de pedalar, mas não no nível que ele me mostrou. Logo no segundo ano do escritório, em 2012, ele me levou para uma viagem de ciclismo no Colorado (EUA) em que pedalamos mais de 150km por dia (!) e com altimetria que variava de 1200 a 3000 metros todo dia! Foram seis dias gratificantes, inspiradores, emocionantes e sofridos! Desde então, comecei a acompanhar ciclismo, sendo com mais assiduidade nos últimos anos. E sempre gosto de ver as etapas dos grand tours, em especial, do Tour de France.
Você deve estar imaginando, para onde estou indo com esse artigo. Pois bem. Há poucos dias assisti o final da 19ª etapa do Tour de France de 2023, em que o ciclista esloveno Matej Mohorič venceu Kasper Asgreen em uma finalização fotográfica. O que mais me emocionou não foi o “photo-finish” de milímetros, mas a sua entrevista sincera logo após a corrida. Vale salientar que seu companheiro de equipe, Gino Mäder, morreu após uma terrível queda na Tour de Suisse, em junho deste ano, e isso com certeza estava em sua mente ao dar sua entrevista.
Em resposta à pergunta sobre o que significa essa vitória, ele respondeu (tradução livre): “Significa muito. É difícil e cruel ser um ciclista profissional. Você se sacrifica tanto, sua família também e aí você percebe que todos são tão fortes. Às vezes você sente que não pertence a este lugar. Segui Asgreen e dei o meu melhor por Gino e pela equipe. Todo mundo trabalha muito, os mecânicos, os fisioterapeutas (…) Eu sinto tantas coisas agora (…)”.
Ciclismo é um dos esportes mais difíceis, sacrificantes, emocionantes e apaixonantes. E, também, muito inspirador pela estratégia e pelo importante trabalho em equipe. E essa entrevista sincera do Mohorič retrata isso.
Agora você deve estar pensando. Pronto, lá vem o Henrique me convencer a entrar para o ciclismo… e o que isso tem a ver com os 13 anos?
Tudo! Ao ouvir a entrevista do Mohorič (estava acompanhando ao vivo e fiquei muito emocionado), imediatamente comecei a refletir que o que ele falou é verdade para qualquer atividade em que você se dedica para ser o melhor (tomando, é claro, as devidas proporções). Sacrifício, trabalho em equipe, sofrimento, concorrência, angústia…. Essas palavras ficaram ressonando na minha cabeça o dia todo e provocaram uma reflexão dos 13 anos do Candido Martins.
Sacrifício: Sim, sacrificamos tempo com nossas esposas, filhos, familiares e amigos em prol do trabalho.
Sofrimento: Sim. Seja físico, seja mental.
Angústia: Sim, em várias situações envolvendo clientes, potenciais clientes, colegas e nossos advogados.
Trabalho em equipe: Sem nossa equipe e sentimento de colaboração, não teríamos passado do primeiro ano. Nenhum ciclista ganha o tour sozinho sem sua equipe! E nós do Candido Martins realizamos histórias de sucesso porque o trabalho é realizado em equipe.
Concorrência: Aumenta cada dia e temos que estar sempre preparado para isso, resultando em sacrifício e angústia.
Vale a pena? Com certeza! Estamos no Candido Martins porque adoramos o que fazemos. Os sentimentos e emoções relatados acima confirmam nossas escolhas. Acredito que em cada um dos 13 anos fomos vencedores dos nossos “Tour de France”, sempre criando e conquistando histórias de sucesso.
Continuando com o paralelo do Tour de France, as “21 etapas” que percorremos durante ano de 2022 e o início de 2023 foram desafiadoras. Tivemos provas de montanha, que exigiram muita constância e determinação; provas de conta-relógio, que a individualidade de cada um foi importante; e provas de sprint, que o esforço na reta final foi descomunal. E tudo isso só é possível porque, em cada uma das etapas, contamos sempre com o trabalho em equipe. Aqui, me refiro a todos(as): nós, os advogados, a equipe administrativa (administradoras e copeiras), nossos parceiros e, sobretudo, os nossos clientes.
Diferentemente do Tour de France, nossos dias de descanso são muito escassos! Por ser um escritório transacional, fazemos operações de M&A, avaliamos melhores estruturas tributária e societária, implementamos operações do mercado de capitais, planejamos estruturas patrimoniais eficientes e defendemos nossos clientes (contencioso judicial e administrativo tributário). Cada um desses trabalhos pode começar como uma prova de montanha e mudar para uma prova de conta-relógio ou uma prova longa com sprint final. A corrente da bicicleta pode quebrar no meio da prova ou o pneu furar! Não temos como prever esses acontecimentos, mas podemos nos preparar para todos os imprevistos que uma prova de longa duração exige de uma excelente equipe e dos melhores profissionais. Com muita dedicação e empatia já batemos “13 etapas/anos”!
Que venha o próximo Tour!
Não posso terminar o artigo sem explicar o título. Col du Tourmalet é uma das subidas mais temidas e reverenciadas do Tour de France. Requer dedicação, esforço, trabalho em equipe e muito foco. Aqui no Candido Martins nos deparamos com um Col du Tourmalet todos os dias e o que mais importa para nós são as conquistas durante cada metro da subida para chegar ao cume e não propriamente a conquista de chegar lá; isso é consequência! O Col du Tourmalet fez parte da 6ª etapa deste Tour de France que foi vencida por Tadej Pogacar.